
Convém, antes de tudo, esmiuçar esta notícia.
Em primeiro lugar, surge a figura do autarca de Ponte de Lima, Daniel Campelo, que defende, como é seu apanágio, o seu concelho com “unhas e dentes”. Senão vejamos, pressionou um eurodeputado do seu partido para, junto da Comissão Europeia, obter informações claras sobre todo o processo. Já o tinha feito junto de várias entidades nacionais. No entanto, nada era adiantado. Secretismo absoluto. O traçado do TGV estava envolto numa densa neblina que tarda em levantar. Mas, Daniel Campelo, não baixou os braços. E a notícia de ontem é um sinal que o homem, goste-se ou não, sabe o que quer.
Em segundo lugar, ficamos a saber, por Ribeiro e Castro, que segundo o Comissário Jacques Barrot, o troço transfronteiriço terá "aproximadamente 60 quilómetros (km), dos quais 35 km em território português e 25 km em território espanhol". A comissão confirmou ainda a Ribeiro e Castro que foram designados como "pontos‑âncora o Porto, Braga, Ponte de Lima, a fronteira luso‑espanhola, Rio Porriño e Vigo". Presumo que, por fronteira luso-espanhola, se refere a uma área que englobe o nosso concelho. Há, no entanto, que esperar pelo estudo de impacto ambiental em curso para se poder, em definitivo, saber rigorosamente qual o ponto de passagem em cada uma das cidades cobertas pela linha de TGV. Especificamente quanto ao caso de Ponte de Lima, o ponto de situação a nível comunitário é o mesmo: "no que se refere, nomeadamente, ao atravessamento de Ponte de Lima, no troço Braga/Valença, as informações relativas ao itinerário (cruzamentos, plano de expropriação, se for caso disso, ou itinerário preciso) só estarão disponíveis no início de 2009, após o lançamento do processo de avaliação de impacto ambiental".
Em terceiro lugar, diz a referida notícia que “o Eurodeputado democrata-cristão indicou ter escrito já aos autarcas de Braga, Valença e Ponte de Lima, dando-lhes nota integral da resposta da Comissão Europeia sobre o traçado, "por forma a desfazer alguma da cortina de silêncio que parece ter rodeado este processo, ao menos nalguns casos".
Vamos então a reflexões. A primeira é que o “nosso” presidente devia seguir o exemplo do autarca limiano. Não o fez. Não o faz. Não sei se alguma vez o virá a fazer. Assusta-me saber que, algo tão importante para o nosso concelho, esteja a ser, displicentemente, tratado. O TGV, meu caro presidente, é vital para o futuro do concelho que dirige. Isso não o preocupa? Se já recebeu a carta do referido Eurodeputado, o que lhe respondeu? Gostaríamos, TODOS, de saber.
A segunda reflexão. O traçado já existe, pois está a ser feito um estudo de impacte ambiental ao mesmo. Eu estranho, muito até, que o referido traçado não seja do conhecimento do Sr. presidente. Parece que passa por Gandra, um exemplo que não é inocente, confesso! Já existirá um plano de expropriações em curso? Se o itenerário preciso só estará disponível no início de 2009…
Para terminar, apelo a todos os Valencianos que estejam atentos ao seu futuro. Está nas mão de poucos. E, a ver pelo secretismo existente, não me parece boa ideia.
5 comentários:
É pena que mais uma vez a informação fique retida só para alguns, visto que o sr. presidente nada disse aos seus municipes. Uma vez que ficou calado, espero que o tenha feito para todos.
A ser verdade que o TGV passa em Gandra, espero que não comece a compra desenfriada de terrenos aos velhotes nessa zona a preços míseros "como consta na praça pública" por parte de certa pessoa.
Ora nem mais! Essa certa pessoa deve estar, neste momento, a dizer: "O COMANDO É MEU!"!
Qual TGV qual quê?! Para Valença por este andar só comboio a vapor, ou então outro tipo de comboio que não anda por carris... (Há uma canção que se chama "É o autocarro do amor", em Valença será mais "É o comboinho do amor")
O nosso Presidente, è Presidente por procuração... delega tudo que é publico no vice!...È meio marciano, tem alergia a contactar com os humanos, mas, principalmente munícipes. Não quer ser incomodado, só quer fazer trabalhos de "patinhas"," gavinete" e, quando saí para a rua, já não tem a noção da realidade, e depois, nem consegue olhar para as pessoas, e, saudalas, como dizem as regras da boa educação duma figura publica.
Sr.Presidente não seria melhor que as linhas sejam construidas na Srª da Cabeça,visto que já lá estão os maquinistas e algumas carruagens?
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