domingo, 27 de abril de 2008

"Melgaço 2 - Valença 0"

Ao ler o “Expresso” desta semana, deparei-me com um anúncio do município concorrente Melgaço, que me convenceu definitivamente: Os senhores que regem o destino de Valença vivem num gritante estado catatónico.
Neste anúncio informava-se que estava aberto o concurso público para a exploração do futuro campo de golfe de Melgaço.
Se, “os senhores do regime”, quiserem dar-se ao trabalho de lerem um livro, há uns anos co-publicado por Philip Kotler, intitulado Marketing Places*, não ficarão surpreendidos com as decisões da “concorrência”. E porquê? Porque, pura e simplesmente, são previsíveis. Num futuro, já presente, só os municípios com visão estratégica poderão singrar, mantendo e captando, novos “clientes” (leia-se, munícipes). No entanto, e por aquilo que se vê, não antevejo grande futuro para Valença. É que para traçar um plano de acção – dentro de uma estratégia predefinida – são necessários certos preâmbulos (que, até aos dias que correm, não são levados em conta).
Antes de tudo, é necessário fazer um ponto da situação. Saber como está e como é vista, Valença, pelos seus clientes (Por muito estranho que pareça o termo, todos somos clientes da terra!). Acredito, piamente, que esta gente que nos tenta dirigir, se o fizer (o que duvido), ficará de boca aberta. Sinto que algumas das respostas, por tão simples e óbvias, farão enrubescer os “estrategas bacocos” cá do burgo. Tomar o pulso da nossa terra é URGENTE, antes que a doença avance e seja tarde demais.
Depois disso, e só depois, meus senhores, é que “entramos em acção”. Não fazendo, como é habitual, “meia dúzia” de acções desgarradas e inconsequentes. Não! Não é porque organizamos eventos sem nexo, que estes resultam em algo de palpável. Definam-se as acções, baseadas em dados. Aja-se, trabalhando com a certeza do objectivo. Só assim, caros senhores, poderão fazer (se quiserem, o que, mais uma vez, duvido) algo por Valença.

* Marketing Places: Attracting Investment, Industry, and Tourism to Cities, States, and NationsPhilip Kotler, Donald Haider, Irving Rein.

sábado, 26 de abril de 2008

"Melgaço 1 - Valença 0"

A festa do Alvarinho do Fumeiro em Melgaço é, inegavelmente, um sucesso. Causa: Boa organização. Consequência: Muita adesão. Nem mais.
Desde Braga a Vigo, passando por, praticamente, todo distrito de Viana, a organização deste evento tudo cobriu com publicidade. Há umas semanas atrás, em Valença, organizou-se um evento pobrezinho. Triste, só animado pelo esforço dos participantes que, incansáveis, tentaram fazer a festa. Já num “post” anterior, da autoria do “Amigo de Valença”, foi escrito que: afixar meia dúzia de painéis inconsequentes, enviar mails a alguns valencianos e órgãos de difusão de notícias, não chega. É necessário mais.
Será que com o exemplo de Melgaço, estes senhores aprendem? Duvido. Parece que até lá foram. Mas servirá de alguma coisa? Humm…

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Onde pára o "nosso" Presidente?

Em notícias veiculadas ontem, dia 16 de Abril, informava-se que “a Comissão Europeia confirmou hoje por escrito ao Eurodeputado José Ribeiro e Castro "a existência de uma proposta conjunta luso-espanhola para o troço transfronteiriço da linha de alta velocidade Porto-Vigo e o compromisso de conclusão até 2013", adiantando vários detalhes do projecto e do respectivo ponto de situação”.
Convém, antes de tudo, esmiuçar esta notícia.

Em primeiro lugar, surge a figura do autarca de Ponte de Lima, Daniel Campelo, que defende, como é seu apanágio, o seu concelho com “unhas e dentes”. Senão vejamos, pressionou um eurodeputado do seu partido para, junto da Comissão Europeia, obter informações claras sobre todo o processo. Já o tinha feito junto de várias entidades nacionais. No entanto, nada era adiantado. Secretismo absoluto. O traçado do TGV estava envolto numa densa neblina que tarda em levantar. Mas, Daniel Campelo, não baixou os braços. E a notícia de ontem é um sinal que o homem, goste-se ou não, sabe o que quer.

Em segundo lugar, ficamos a saber, por Ribeiro e Castro, que segundo o Comissário Jacques Barrot, o troço transfronteiriço terá "aproximadamente 60 quilómetros (km), dos quais 35 km em território português e 25 km em território espanhol". A comissão confirmou ainda a Ribeiro e Castro que foram designados como "pontos‑âncora o Porto, Braga, Ponte de Lima, a fronteira luso‑espanhola, Rio Porriño e Vigo". Presumo que, por fronteira luso-espanhola, se refere a uma área que englobe o nosso concelho. Há, no entanto, que esperar pelo estudo de impacto ambiental em curso para se poder, em definitivo, saber rigorosamente qual o ponto de passagem em cada uma das cidades cobertas pela linha de TGV. Especificamente quanto ao caso de Ponte de Lima, o ponto de situação a nível comunitário é o mesmo: "no que se refere, nomeadamente, ao atravessamento de Ponte de Lima, no troço Braga/Valença, as informações relativas ao itinerário (cruzamentos, plano de expropriação, se for caso disso, ou itinerário preciso) só estarão disponíveis no início de 2009, após o lançamento do processo de avaliação de impacto ambiental".

Em terceiro lugar, diz a referida notícia que “o Eurodeputado democrata-cristão indicou ter escrito já aos autarcas de Braga, Valença e Ponte de Lima, dando-lhes nota integral da resposta da Comissão Europeia sobre o traçado, "por forma a desfazer alguma da cortina de silêncio que parece ter rodeado este processo, ao menos nalguns casos".

Vamos então a reflexões. A primeira é que o “nosso” presidente devia seguir o exemplo do autarca limiano. Não o fez. Não o faz. Não sei se alguma vez o virá a fazer. Assusta-me saber que, algo tão importante para o nosso concelho, esteja a ser, displicentemente, tratado. O TGV, meu caro presidente, é vital para o futuro do concelho que dirige. Isso não o preocupa? Se já recebeu a carta do referido Eurodeputado, o que lhe respondeu? Gostaríamos, TODOS, de saber.
A segunda reflexão. O traçado já existe, pois está a ser feito um estudo de impacte ambiental ao mesmo. Eu estranho, muito até, que o referido traçado não seja do conhecimento do Sr. presidente. Parece que passa por Gandra, um exemplo que não é inocente, confesso! Já existirá um plano de expropriações em curso? Se o itenerário preciso só estará disponível no início de 2009…

Para terminar, apelo a todos os Valencianos que estejam atentos ao seu futuro. Está nas mão de poucos. E, a ver pelo secretismo existente, não me parece boa ideia.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Mercado das Tradições

Já é tradição em Valença... organizar eventos condenados ao insucesso, por falta de senso comum, dos responsáveis das iniciativas, que não conseguem atempadamente publicitar os eventos para serem participados pelo maior número de pessoas possível.
Senão vejamos, a menos de 8 dias, do Mercado das Tradições, não havia uma única referência a tal evento, ou será, que se destina só para uma minoria , como vem sendo habitual em Valença.
Já sei!... não fizeram mais divulgação, para a ASAE não saber... porque tudo que é tradicional está condenado ao fundamentalismo inconsequente destes senhores.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A vergonha!

Acostumados ao poder. Agarrados a ele. Os membros da direcção da UEVM tudo fizeram para, iniquamente, ganharem as eleições do dia 31 de Março.
Tudo começou com o desrespeito pelos sócios desta União. Os senhores da mesa só chegaram eram 20h e 50 minutos! Urna de voto, boletins e computador portátil (com conexão à Internet móvel. Era necessária…).

Pelo canto do olho, o Sr. Presidente da Assembleia Geral, conseguiu – sem fazer a contagem dos sócios – saber que não havia Quórum suficiente. Depois, com a organização que se lhe conhece, estes senhores trataram de “preparar” a entrada dos sócios. E de que maneira…

A organização “primou pelo zelo”, senão atente-se no seguinte: a entrada dos sócios era controlada por três, atarefadas, meninas. Conferiam a entrada dos sócios e de procurações com poderes de representatividade. No entanto, as listas que conferiram a entrada dos sócios, não foram as mesmas que foram apresentadas a quem iria fiscalizar o acto eleitoral. Sintomático. Depois, foi a discussão das contas do ano transacto. Mais uma vez, ficou patente a “transparência” pela qual estes senhores se pautam. As contas batem sempre certo. Depois de bem maquilhadas, entenda-se. E, em apenas 48 horas, dificilmente se podia descortinar muito. Em plena assembleia, o Sr. presidente da dita, ainda perguntou se alguém, in loco, queria verificar as contas (em poucos minutos, um vulgo mortal, consegue entender movimentos de mais de meio milhão de euros!).

Mas o melhor ainda estava para vir. Para a eleição dos corpos sociais, um festival de ilegalidades: a urna ficou a meio da mesa, ao alcance de olhares indiscretos; os boletins de voto chegaram, sabe-se lá de onde; as listas, para verificação dos votos, não coincidiam com aquelas que estavam na entrada; “alguém”, num dos lados da mesa tinha um computador portátil, com ligação à internet (para quê? Era bom que esse “alguém” me explicasse…).

A votação foi, simplesmente, surreal. A privacidade não foi acautelada, porque esse não era o objectivo. Assim, era mais fácil pressionar os votantes…
A iluminação foi desligada várias vezes. Num acto eleitoral…
Vários sócios, com várias procurações, “visitaram” várias vezes a urna de voto. Conforme a necessidade…
Às duas por três, “um coelho sai da cartola”: surge o sócio 789. Quando nos cadernos eleitorais apenas constavam 788. Inigmático…

No final, a coincidência, do quase mesmo número de votos. Até parece que se sabia quem votara em quem…
Não fosse o “erro de cálculo” destes senhores e, hoje, estaria a escrever acerca da vitória mais iníqua da história da UEVM.

Mas não aconteceu. A partir de agora, vejamos até onde vai a avidez pelo poder. E, acima de tudo, o porquê! É que não há muito tempo, estes senhores diziam-se cansados do lugar. Misterioso…

Preparemo-nos para a batalha. A guerra só agora começou…