segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Sr. Joaquim, Muito Obrigado!

Exmo. Sr.,

 

Nós Direcção e Lojistas do Outlet Tui, vimos pela presente agradecer a V.Exa. o excelente trabalho na promoção desta mui excelsa e grandiosa superfície comercial.

Foi, sem sombra de dúvida, bem pensado da sua parte, dar visibilidade nacional através de um canal de televisão, ao nosso estabelecimento. Mais uma vez, Obrigado!

Diz-se, por aí, que V.Exa não tem capacidade para a miríade de cargos que ocupa. Boatos invejosos de quem anseia ser como V.Exa. Ter a sagacidade de raciocínio e a perspicácia de V.Exa. é pouco comum nos “comandantes” de hoje. A ralé não percebe. E V.Exa. faz muito bem em não explicar.

A inteligência dos “grandes homens” vê-se nas atitudes que tomam. E esta atitude foi uma demonstração clara e inequívoca da sua. Agora, percebemos porque se perpetua na presidência da organização que, sabiamente, criou. Ouvimos comentar que um grupelho de comerciantes não o apoia. Não percebemos porquê. Ideias como as suas são diamantes. Entendemos agora, porque está tão bem o comércio em Valença. 

Mas um espírito como o seu, não pode ficar amarrado a pequenezas. Tem que planar sobre algo maior. E ainda bem que o fez. Nós, mais uma vez, agradecemos.

Mui respeitosamente,

Os agradecidos 

P.S. Enviamos em aexo a esta missiva, fotos do nosso parque de estacionamento para, quando se desloquem até, Lisboa, mostrem ao vosso ídolo como querem os vossos.

P.S. Já agora, seguem também, os contactos dos arquitectos, engenheiros e firma construtora

1 comentário:

Anónimo disse...

Já que vocês não falam noutra coisa, lá tive de ir ver o famoso outlet (que também deve agradecer a promoção e publicidade que este site lhe tem feito). Só assim se pode comentar, louvar ou criticar, se disso for caso.
A primeira impressão que fica é muito negativa mesmo. Aquilo está inacabado e duvido que em Portugal fosse passível de abertura, muito menos que a ASAE permitisse a área de alimentação. Por menos do que eu vi, já fecharam bares e restaurantes.
Nota-se que as marcas espanholas não apostaram em trabalhadores portugueses, o que não me espanta.
Nota-se que várias lojas são de capitais / marcas portuguesas, o que é um bom sinal. Estas também têm trabalhadores portugueses, o que sempre ajuda a colmatar o desemprego, sem prejuízo de não ser este o tipo de trabalho qualificado que interessaria dinamizar, mas, enfim, melhor que nada.
Fui no sábado (dia 13/9) pelo que apanhei uma enchente. Não fiz qualquer estudo de mercado mas, empiricamente, as pessoas que vi (até conhecia algumas do Porto) e ouvi parecem integrar-se nos padrões que já tinha mencionado noutro comentário: muitos portugueses mas que não do tipo capaz de empregar um sábado para se deslocarem expressamente a Valença em visita ou para compras. Esgotada a novidade não creio que em Fevereiro ou Março se veja por lá tanta gente.
Fiquei surpreso por, além da faixa litoral, também se encontrar por lá gente vinda do interior, servindo de exemplo, concretamente, duas famílias de Amares que "se encontraram" por lá. Mesmo estas duvido que tirassem o dia para, espontaneamente, procurarem Valença numa tarde de sábado.
Agora as lojas. Gastei dinheiro! Só o que eu comprei no outlet não encontraria em Valença por muito que procurasse (não foram produtos têxteis mas sim jogos vídeo para consolas). Olhei para os têxteis, principalmente para o lar, até para comparar preços e concluí que não valia a pena a deslocação: o outlet tem menos variedade e preços mais elevados.
Nas roupas - que são o motor deste tipo de comércio - apenas estavam repletas as lojas de marcas de reputação internacional (em sintonia com a análise que anteriormente tinha realizado) com destaque para Hugo Boss e Levis, em qualquer dos casos com preços exorbitantes. Ocupação mediana nas lojas das marcas espanholas de relevo (Mango, Caramelo, Cortefiel, mais forte nesta última) e clara insuficiência da área de alimentação para albergar tanta gente, o que era realizado em condições deploráveis.
Continuo sem vislumbrar qualquer hipótese de cataclismo para o comércio local só porque existe o outlet... O que se vende num e noutro local é bem diverso, concedendo poder haver alguma sobreposição nas lojas de ourivesaria e atoalhados e, muito marginalmente, nas de vestuário, ainda assim com produtos que se destinam a segmentos de clientela diferentes. A restauração não terá motivos para passar mal, pois que o por lá há não conta como concorrência. Continuo a pensar que a abertura desse espaço comercial tem potencial para traduzir novas oportunidades de negócio também para Valença. Claro que não me dou com a classe política local e nem os conheço, por isso não vejo em que medida poderiam reagir em relação ao outlet. A meu ver nenhum autarca ou responsável por associações comerciais poderá ser responsabilizado por um facto que é tão claramente externo. A ascensão e queda das zonas comerciais é um fenómeno de dinâmica própria e o país foi ficando pejado de centros comerciais sem que alguém pudesse fazer algo útil para o contrariar. A rua Augusta da cidade de Lisboa tem ao lado dos bancos as grandes lojas espanholas (Zara, Mango,...) que vieram tomar os espaços de pequenos estabelecimentos de origem familiar comprando aos quarteirões inteiros. Para encontrar algum do pequeno comércio tradicional é preciso procurar bem e apenas se encontra em nichos de mercado suportados pelos turistas estrangeiros (cafetaria, venda de souvenirs, garrafeiras). Até a loja de referência da "Baixa", que era a "Loja das Meias" fechou. O que é que isso tem a ver com Valença? Tem tudo a ver, apenas os "timings" são diferentes. Tirem as pessoas dos espaços e à perda de habitações seguir-se-á a perda de comércios e depois da identidade própria.
Só me espanto porquê a obstinação em perseguir o Sr. A, o Sr. B ou o Sr. C. Será que as questões são mais políticas que reais? Às vezes o bem comum exige o sacrifício de uns quantos. Quando esses sacrificados são os vizinhos eu passo bem, mas quando me pisam os calos é a mim que me dói. Será essa a verdadeira questão de fundo?