Copie este link para a barra de endereços do seu browser e veja a notícia onde aparece o SR. Joaquim.
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=362043&tema=29
Foi uma inauguração com pompa, circunstância e… paletes, cimento, paramentos de madeira e terra. Muita terra. Assim, nestas condições lá foi abrindo o Outlet. Mas abriu. Sem licença, é certo. Sem as condições básicas de segurança, é verdade. Mas, lá esta. Imponente e cheio de remendos.
Daqui, deste lado, “nem ai nem ui”. Agradecemos, desde já, a “jogada de antecipação à Joaquim”. Antecipadamente, reuniu para saber o que fazer. Tomou verdadeiras medidas de “Presidente”. Pelo menos prometeu que as ia tomar. Não foi Sr. Joaquim? Relembro-lhe que, na sua “transparente” campanha eleitoral, afirmou que estava a estudar – termo maldito. Máscara de ineficácia – uma solução para minimizar o impacte que tal estrutura viria a causar no comércio de Valença. Ainda bem que o fez. E que bem feito, pois nós nem demos por nada. Percebemos, com o seu discurso fúnebre e de ocasião – onde nem o fato faltou – que não tem uma ideia, uma solução, um argumento que seja, para inverter a situação. A mim, desde sempre, me ensinaram a agir. Nunca a reagir. A si ensinaram-no a nada fazer, pois o que importa é aparecer. É o lugarzinho, não é? E depois sou eu que preciso de trampolins, Sr. Joaquim?
Deixemo-nos de coisas tristes. Iniciemos uma reviravolta e transformemos as ameaças em oportunidades – pergunte à sua “assessora de marketing”, ela deve saber o que é uma análise SWOT.
Assim, e para que os leitores não digam que eu só critico, que não contribuo com ideias, enumero, a seguir, algumas. (Sr. Joaquim, não me importo que as copie. Antes pelo contrário, ficaria satisfeito se, ao copiá-las, obtivesse um sucesso estrondoso).
- Criar uma mensagem que transmita a ideia que Valença é um dos maiores Centros Comercias Abertos da Península. Onde a Moda é actual e sempre a Bom Preço – aqui, os únicos que vendem “velharias” são os antiquários!
- Como comunicar esta mensagem:
- Através de dois Outdoor, estrategicamente colocado, de forma, que, tanto espanhóis, como portugueses o vejam;
- Distribuição maciça de flyers nos carros estacionados junto ao Outlet;
- Autocarro publicitário que, ao mesmo tempo, sirva de transporte a horas definidas de pessoas entre o Outlet e Valença;
Vejamos a coisa pelo lado positivo: há muita gente que ainda não conhece Valença (se calhar mais portugueses que espanhóis!). Não estará na hora de aproveitarmos a captação de clientes que Outlet irá fazer, em benefício próprio? Oportunismo? Sim.
Valença pode ganhar nova vida com o Outlet, é tudo uma questão de atitude!
Eduardo Dantas – Atira a Pedra e Mostra a Mão!
2 comentários:
Ainda não visitei o outlet. Contudo, vista a questão "de fora" (i. é, não sendo político/ comerciante/ filiado em qualquer partido político/ residente a tempo inteiro em Valença) estou em crer que o outlet não deverá visar o mesmo "target" do comércio tradicional de Valença pelo que não irá forçosamente determinar o encerramento das lojas no interior ou em redor da Fortaleza. Se o que tem sido anunciado (em especial a predominância de empregados portugueses nas lojas) foi concretizado naquele projecto o que se pretenderá será, porventura, reter abaixo de Vigo o pessoal residente entre o Porto e Viana, o típico cliente de centro comercial que quer estacionamento fácil e de borla e as lojas todas juntas, de preferência com uns McDonalds para dar aos putos para eles não chatearem. Este tipo de público já não vinha ao interior da fortaleza, como mostra a experiência de ter passeado vários domingos à tarde entre muralhas e só ouvir falar estrangeiro por entre um ou outro português, com excepção dos dias de eventos (feira medieval, ...). É que o pessoal da cidade é comodista e isto de ter de passar por umas portas estreitas, com o risco de lá deixar o espelho ou tinta da carroçaria e ainda ter de andar à cata de lugar para estacionar, pagar para estacionar e ter de andar a pé sobre um pavimento manhoso de pedrinhas irregulares não motiva em nada ir a Valença "de compras". Por outro lado se a forte recessão em Portugal já tirou os trocados à maior parte dos portugueses e os comerciantes se queixavam disso, antes ainda do outlet, o impacto pode vir a não ser tão apocalíptico. Ao contrário do que alguns parecem pensar o comércio valenciano não se revela assim tão diversificado quanto isso, verdadeiro monopólio do têxtil, descontadas as sabanas e os manteles, pouco há a acrescentar ao que vendem as grandes superfícies de Porto / Braga / Viana / V. Conde. Mesmo o vestuário "de marca" (as aspas resultam das minhas dúvidas quanto à genuinidade dos artigos e se querem a indicação dos nomes das lojas, também posso tratar disso) que vendem algumas boutiques a preços mais convidativos traduz uma variante comercial que se situa entre a feira e as lojas ditas "multimarcas" que existem em alguns centros comerciais/outlets.
Um dia referi a um colega de trabalho que tinha uma segunda residência em Valença e ouvi o seguinte comentário da parte dele: "a minha mulher é que gosta muito de lá ir, comprar atoalhados à Casa Alvarinho". Um tio meu, residente em Gaia, exprimira antes opinião similar, mas para outra área de interesse: "passo muitas vezes por Valença, gosto de ir comer ao Zé Maria". Com ou sem outlet o meu tio vai continuar a ir almoçar ao Zé Maria, em vez da Companhia das Sandes ou do McDonalds. Com ou sem outlet o meu colega e mulher vão continuar a procurar a Casa Alvarinho.
Então quem é que vai encher o dito outlet? Estou certo que será o burguês comodista de classe média do norte de Portugal que se esticará de Aveiro/Porto/Viana ao cheiro da gasolina mais barata trocando o Factory de Vila do Conde/ Norteshopping e afins. Até pode dar-se o caso de alguns deles, que em condições normais nem viriam a Valença, passem a fazê-lo pela proximidade com o outlet.
Também estou convencido que as excursões vão continuar a deixar o pessoal com o farnel à porta da fortaleza e não à porta do outlet.
O outlet é uma maçada mas toda a gente tem de se adaptar à sua existência, alguns vão sofrer perdas, outras vão ganhar benefícios mas o certo é que todas as outras localidades já passaram pelo mesmo (Monção em 3 ou 4 anos apanhou com o Modelo / Feira Nova / Intermarché e a Coca lá continua) e não é por isso que deixa de existir o chamado 'comércio tradicional'.
Tenham lá paciência senhores comerciantes e façam por evoluir. Alguns alucinados como eu continuarão a achar mais interessante passear ao ar livre numa espécie de centro comercial a céu aberto sem ar condicionado mas com o brilho do sol. Se a vossa montra for apelativa, o produto diversificado e a relação qualidade/preço agradar não tenho préstimo para outlets. De resto, apesar de ter a menos de 15 minutos de deslocação, cerca de dez centros comerciais /shoppings /outlets NUNCA almocei em centro comercial. O meu problema é outro e BEM MAIS GRAVE: qual o restaurante de Valença onde vou almoçar no próximo fim-de-semana? [É que acho que só este ano já fui a todos e mais que duas vezes a cada um]
Passem bem
Gostei muito do comentário construtivo do sr. josé santos.
Mas agora!!
Parque das merendas de valença para as excurssões que trazem o farnel?? O parque de campismo para chamar mais turismo mesmo de passagem? Coisas simples, baratas e construtivas para o concelho.
Criemos infraextruturas e valença terá pernas para andar.
Forever!!!
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